Aline do Carmo Rochedo


Eu, descendente indígena, acredito na palavra escrita e desejo contribuir com a elaboração do Plano Estadual do Livro. Sou Aline Pachamama, idealizadora da Pachamama Editora, formada e protagonizada por mulheres indígenas. Minha colaboração se faz porque acredito que a palavra escrita é um espaço de memória, afetividade, resistência e, principalmente, um movimento que se propaga. Estou alinhada ao ideário democratização da leitura e da escrita, visível na proposta de viabilizar o registro da transmissão dos saberes ameríndios, em especial o idioma, por autores indígenas. A oralidade, por séculos, foi a forma de preservação das Culturas dos Povos Originários, mas hoje o registro é indispensável para que tais histórias não sejam esquecidas e/ou extintas. Disponibilizar o acesso aos bens do patrimônio cultural e de memória dos povos originários brasileiros é de grande importância como legado às futuras gerações. A participação de indígenas nas constrições coletivas voltadas para o livro é um grande incentivo para a atuação cidadã. A palavra que se desdobra a partir de quem as lê deve estimular o nosso compromisso com as transformações necessárias para uma sociedade igualitária e democrática. 
Currículo:
Aline Pachamama - Descendente da etnia puri- é poeta-escritora, editora e historiadora. Idealizadora e Diretora da Pachamama Editora (formada por mulheres indígenas com ênfase para a publicação de Literatura Indígena Bilíngue mestre em História Social pela Uff e doutoranda em História Cultural pela UFRRJ. Participa da Resistência dos Povos Originários, no Rio de Janeiro, elaborando projetos em prol da Divulgação da Cultura Indígena. Em julho de 2016 lançou o projeto “Resistência pela Palavra”, da Pachamama Editora, publicando o primeiro livre bilíngue do Tronco Macro-Jê, sendo ela a responsável pela edição, ilustração e adequação de tradução. É autora de uma série de livros na área de Culturas e Diversidade dentre eles: “Visões do Mundo Contemporâneo”, São Paulo, 2014; “Não foi tempo perdido” os anos 80 em debate. Editora UFF, 2014. “Derrubando Reis- A Juventude urbana e o rock dos anos 1980”, 2014; Mapeamentos dos grupos Criativos da Baixada Fluminense” 2015; “Pachamama” 2015; Alkeh Poteh, poeira de luz- livro bilíngue, 2016. Contemplada com o edital 2016/2017 da Lei de Incentivo- Memória e Cidadania- para realizar o projeto Mitã Yakã Hyguá “Criança que mora no Rio” ao qual propõe o mapeamento de mulheres/mães indígenas em contexto urbano tendo como produto a edição de suas histórias em livro bilíngue, traduzido para o idioma Guarani do tronco Tupi e idiomas do tronco Macro-Jê/ Língua Portuguesa. Ademais, será produzido um livro de contos Bilíngue em homenagem a seus filhos e jogos educativos. Atua nas áreas de Produção Literária, História e Cultura. Principais atividades desenvolvidas em 2015/2016:
* Idealizadora da Pachamama Editora- formada por mulheres indígenas com ênfase para a publicação de Literatura Indígena Bilíngue. 
*Colaboradora da AIAM- Associação Indígena Aldeia Maracanã
*Convidada a palestrar no V Colóquio Internacional de Estudios de Varones y Masculinidades, Santiago de Chile- apresentação com artigo publicado: “História de Mulheres na Música” (janeiro/2015)
*Oficina de Comunicação e Cultura e Juventudes- Sesc- junho 2015
*Editoração e pesquisa do Mapeamento dos Grupos Criativos da Baixada Fluminense/ Ibase- 2015.
 *Participação como convidada no Evento Troca de Saberes. Universidade Federal de Viçosa. Encontros das Etnias Puris e apresentação da Pachamama Editora. (Julho 2016)
*Participação de Feira Cultural. LapaLê. Pachamama Editora.( Maio/2016)
*Editora e ilustradora do primeiro livro bilíngue Puri-Macro-Jê/ Língua Portuguesa.
*Participação da feira Cultural dos Povos Originários do Rio de Janeiro com a apresentação da Pachamama Editora- Fundição Progresso de 11 a 21 de agosto de 2016.
*Entrevista a rádio UFMG Sobre a Pachamama Editora (agosto/ 2016)
*Palestrante: “Formação nas Culturas Originárias e Lei 11645/08- Cultura Indígena na Região Sudeste. Seminário Encontro de Saberes Indígena- Centro Universitário de Barra Mansa. (19 e 20 de Setembro/2016).



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19 Comentar
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Acredito no trabalho e na competência de Aline Rochedo. Sua atuação em vários espaços e momentos de defesa da cidadania, na minha opinião, lhe confere a autoridade para executar esse projeto da Secretaria de Cultura.

Balas
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Acredito no trabalho e na competência de Aline Rochedo. Sua atuação em vários espaços e momentos de defesa da cidadania, na minha opinião, lhe confere a autoridade para executar esse projeto da Secretaria de Cultura.

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Acredito no trabalho e na competência de Aline Rochedo. Sua atuação em vários espaços e momentos de defesa da cidadania, na minha opinião, lhe confere a autoridade para executar esse projeto da Secretaria de Cultura.

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Aline, que você continue fazendo a diferença sempre.

Balas
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Gosto muito do trabalho da Aline por seu profissionalismo e dedicação ao que faz. Seus trabalhos são sempre preocupados com a inclusão social e apresentam sempre uma abordagem holística. Fico feliz de ver a participação da Aline em mais um projeto.

Balas
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Como indígena, apoio a parente Aline e acredito que ela está totalmente capacitada para essa função! Xute

Balas
Este comentário foi removido pelo autor. - Hapus
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Reafirmo os comentários anteriores no que se refere à competência de Aline para atuar no Grupo de Trabalho. Além de exímia escritora e editora, a doutoranda Aline é reconhecida por sua atuação em defesa da democracia.

Tayane Pessoa

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Aline Rochedo faz a diferença porque é intelectual e profissional extremamente dedicada e cuidadosa com a palavra do outro. Sua participação política é admirável, sempre acreditando e lutando pela democracia e pela resistência das causas sociais.

Balas
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Aline Rochedo é uma pessoa lírica... Seus poemas, além de belíssimos, são uma ferramenta de luta pela causa das mulheres indígenas. Aline é uma guerreira que usa a meiguice de uma alma guerreira... É uma intelectual que luta para acabar com o desrespeito e a invisibilidade das mulheres indígenas em uma sociedade impregnada de preconceitos.

Balas